Agricultores de José Boiteux recebem informações do cenário atual da produção de leite

Agricultores de José Boiteux recebem informações do cenário atual da produção de leite

Objetivo é implantar no município uma Unidade de Referência Técnica

A EPAGRI, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura de José Boiteux, realizou um Dia de Campo com agricultores ligados à produção de gado de leite. A propriedade de Airton Lunelli, na comunidade do Caminho Caçador, foi utiliza para demonstração.

O objetivo do encontro foi discutir temas técnicos da atividade, os programas governamentais que estarão disponíveis durante o ano e atualizar quem trabalha nesse ramo sobre a conjuntura econômica da atividade.

Neste ano, o tema técnico abordado foi à silagem de milho. Foram abordados aspectos relacionados às técnicas de produção e seus custos. “O agricultor deve procurar evitar ao máximo as perdas, já que a silagem é um alimento que aumenta muito o custo de produção da atividade, e no caso de falhas no momento da ensilagem, as perdas podem chegar a índices em torno de 20%” esclarece o engenheiro agrônomo da EPAGRI, Cristian Lemos de Medeiros.

Na apresentação da conjuntura econômica da cadeia produtiva do leite, o agrônomo da EPAGRI, Jean Carlos Loffaguen, destacou a produção de leite no Brasil. “Entre 2002 e 2014 foi registrado um aumento de captação de leite de 80%. O pico ocorreu em dezembro de 2014 e este foi um dos principais fatores para redução do preço pago ao produtor” analisa. A tendência para os próximos meses é de que o preço se mantenha nos patamares atuais.

Em relação aos programas governamentais de apoio a produção, o destaque deste ano será a implantação de uma Unidade de Referência Técnica (URT), com recursos do Programa SC Rural e execução do escritório local da EPAGRI. Serão desenvolvidas tecnologias para produção de leite a base de pasto, com fornecimento de água em tempo integral e dentro de um sistema silvipastoril. Para melhorar o conforto térmico dos animais, a sugestão é o plantio de árvores entre os piquetes. No futuro, será possível produzir madeira para uso na propriedade e até a comercialização do excedente.

A propriedade escolhida para implantação da URT deverá manter um controle mensal de produção leiteira por vaca e fornecer aos técnicos, dados do custo de produção. “O proprietário vai assinar um termo de compromisso garantindo o fornecimento destes dados durante um prazo mínimo de três anos para que os técnicos possam avaliar os resultados das tecnologias aplicadas” explica o agrônomo.

O produtor também vai se responsabilizar pela recuperação de uma área de no mínimo 500 m² de mata ciliar.

Com informações da EPAGRI.