JOSÉ BOITEUX COMPLETA 29 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

    José Boiteux, habitado por indígenas dos grupos Xokleng, Kaingang e Guarani, teve seu processo de colonização iniciado nos primeiros anos do século XX com a chegada de colonizadores das origens alemã, açoriana e italiana.

    Até 1934 o território de José Boiteux era reconhecido como parte integrante do município de Blumenau, tornando-se em seguida distrito de Ibirama em virtude da emancipação política daquele espaço geográfico.

    Em 1958, passou por um primeiro processo de emancipação política, o qual foi considerado inconstitucional, e desse modo, continuando na condição de distrito Ibiramense até o final da década de 1980.

    Criado em 1989 através da Lei Estadual n° 7580 de 26/04/1989 e definitivamente instalado em janeiro de 1990, o município de José Boiteux completa 29 anos de emancipação política em 26 de abril de 2018.

    José Boiteux é um município predominantemente rural, apresenta economia baseada na agropecuária, caracterizada pela exploração de pequenas propriedades rurais, em regime de trabalho familiar. A maior parte da mão de obra ainda emprega-se nas atividades primárias, que tem como principal fonte de renda o cultivo do fumo em folha, seguindo-se de outras culturas de subsistência. A pecuária também é atividade de destaque, com atividades como a criação de gado de corte e leiteiro, piscicultura e suinocultura que ocupam espaço na economia local.

    No setor industrial a principal atividade sempre foi a madeireira, seguida de facções têxteis e indústrias de conserva, sendo que no setor de comércio e serviços, existe uma pequena rede de serviços abastecendo o mercado consumidor.

    A economia local vem apresentando sinais de diversificação. Surgem novas oportunidades de trabalho, os investimentos em obras de saneamento, saúde, moradia e educação são realizados com seriedade, fazendo com que a qualidade de vida da população se torne prioridade.

    Em relação ao potencial turístico natural do Município de José Boiteux, este se caracteriza pela existência de diversos pontos de atração natural, com cachoeiras e grutas, além de algumas propriedades por onde passam rios com vistosas lajes de pedra e pequenas quedas d’agua.

    No que se refere a patrimônios culturais, destaca-se a arquitetura religiosa, bastante rica e preservada com templos religiosos que retratam em seu interior tradições das culturas germânicas e italianas, nos altares, púlpitos, vitrais e nas pinturas em paredes. Neste sentido convém destacar tanto a antiga Igreja Matriz que tem em seu interior um altar entalhado em madeira de imensa beleza, quanto a atual igreja matriz com telhado em formato de estrela.

    Outros pontos que merecem destaque pela visitação recebida, bem como pelas pesquisas realizadas a respeito, são a Barragem Norte e a chamada Reserva Cafuza, esta última habitada por povo de origem Quilombola e fortemente marcada por alguns aspectos resultantes da própria trajetória histórica deste povo. 

    As tradições gastronômicas que de certo modo também são patrimônio cultural são preservadas e mantidas pelos descendentes italianos, alemães, açorianos, indígenas e cafuzos que valorizam cada qual a seu modo a dança e música, entre outros aspectos.

    O nome José Boiteux é em homenagem à José Artur Boiteux, catarinense nascido em São Sebastião de Tijucas, em 9 de dezembro de 1865, foi um famoso jornalista, historiador e advogado brasileiro, considerado patrono do ensino superior em Santa Catarina.